Processos de M&A e Integração: quais reflexões são chave durante o processo?
- Ricardo Brasil
- 16 de nov. de 2023
- 3 min de leitura

Cada fusão, uma vez anunciada, é imediatamente posta em julgamento. A alta administração - aqueles que conceberam o acordo - também é desafiada. As pressões simplesmente continuam surgindo conforme vários meses passam.
Muitas vezes, a notícia da transação vaza durante a fase de negociação, e as críticas aumentam antes que o acordo seja concluído, até mesmo antes que a alta administração tenha a chance de contar sua história. Esta é uma oportunidade crucial, mas com muita frequência os executivos desperdiçam suas chances de preparar adequadamente o terreno para o que está por vir. Eles também dizem coisas que estão fadadas a voltar para assombrá-los. Além disso, no entanto, palavras são "baratas". Os principais funcionários podem falar o dia todo sobre o quão ótima a fusão vai ser. Eles podem elogiar seu potencial e prometer "mundos e fundos" às pessoas. Mas há muitos descrentes que precisam ser abordados com uma boa gestão de mudança.
Reflexão 1 – TI como habilitador de negócio
Para alcançar resultados imediatos em um ambiente pós M&A e aplicar adequadamente um IT blueprinting, é fundamental criar um plano sólido de integração de tecnologia. Isso envolve identificar os sistemas e processos que precisam ser alinhados, integrados ou redesenhados para garantir uma transição suave e eficiente. Além disso, a liderança do projeto deve garantir que haja uma equipe técnica competente e bem treinada para executar as mudanças necessárias. O IT blueprinting pode ser uma ferramenta valiosa para mapear o ambiente tecnológico atual, identificar lacunas e definir um roteiro claro para a integração. Dessa forma, você pode acelerar os resultados e minimizar a disrupção para as operações.
Reflexão 2 – Quem deve liderar?
Para definir a liderança de um projeto de M&A, considerando um perfil de profissional apto em situações de client-facing (quando necessário), é essencial encontrar um líder que tenha uma combinação de habilidades técnicas e interpessoais. O líder precisa entender a complexidade dos processos de fusão e aquisição, além de ser capaz de se comunicar de maneira eficaz com todas as partes interessadas, incluindo investidores, clientes, funcionários e a imprensa.
Além disso, é importante que esse líder seja capaz de adotar uma abordagem de comunicação não violenta e assertiva. Isso significa ser capaz de ouvir atentamente as preocupações e críticas, sem reagir de forma agressiva, e ao mesmo tempo comunicar claramente os benefícios e os planos para a fusão. A liderança precisa inspirar confiança, demonstrar empatia e estar preparada para responder de forma objetiva a desafios e perguntas difíceis.
Reflexão 3 – Conduzir a mudança | comunicar resultados
Nesse contexto, a liderança do projeto de M&A deve estar ciente de que a transição após uma fusão é um processo muito esperado. Em vez de lutar contra a resistência inicial, é importante reconhecer que críticas e desafios fazem parte do processo de integração. Isso significa que a liderança deve estar disposta a provar o valor da fusão por meio de resultados tangíveis.
Além disso, como mencionado anteriormente, a comunicação clara e não violenta desempenha um papel crucial na gestão da percepção do público interno e externo. A liderança deve ser proativa em abordar as preocupações, explicar os benefícios a longo prazo e demonstrar o compromisso em superar obstáculos iniciais.
Ainda assim, informar as pessoas sobre o que esperar não é nem de longe o suficiente. Você precisa de conquistas rápidas que possa celebrar publicamente. Para compensar o medo e a suspeita, você precisa de algum sucesso tangível. De alguma forma, você precisa proteger a transação, desenvolvendo provas concretas de que as coisas estão indo na direção certa.
Conclusão
Para conquistar resultados imediatos em um ambiente pós-M&A, é essencial identificar áreas-chave onde melhorias rápidas podem ser alcançadas. Isso pode incluir otimizar processos, consolidar equipes, reduzir custos ou lançar novos produtos ou serviços que aproveitem as sinergias resultantes da fusão. Faz sentido, também, avaliar um bom nome para atribuir à equipe e estrutura que irá liderar as iniciativas. Isso ajuda a dar clareza e propósito a quem estará “linha de frente”, ao mesmo tempo que posiciona objetivamente os temas centrais dentre outros programas estratégicos em curso na organização.
Celebrar essas conquistas publicamente, seja por meio de comunicados à imprensa, reuniões com investidores ou comunicações internas, ajuda a gerar confiança e demonstra que a fusão está progredindo de forma positiva.
Além disso, é fundamental implementar métricas e indicadores de desempenho para acompanhar o progresso e fornecer evidências sólidas de que as coisas estão indo na direção certa. Esses indicadores podem incluir melhorias de eficiência, aumento da receita ou aprimoramento da satisfação do cliente.
Em resumo, ao lidar com um ambiente de M&A, a liderança competente e a aplicação eficaz de estratégias já conhecidas, desempenham um papel fundamental na superação dos desafios iniciais e no estabelecimento de uma base sólida para o sucesso a longo prazo.
Comentarios